O desafio da equipa de animação dos exploradores era irrecusável: Participar num acampamento durante 4 dias cujo imaginário era o “Escutismo para rapazes”, embora estes fossem poucos!!!!!!
No dia 25 de Março saímos bem cedo de São Bento com destino ao Tua onde nos esperava o transporte para Carrazeda de Ansiães.
A viagem foi como se esperava, animada e divertida.
A primeira tarefa depois de um almoço partilhado foi a montagem das tendas por parte de cada patrulha.
Ups, houve um percalço: Onde estão os espeques???? Tivemos que improvisar a fixação das tendas. O espírito empreendedor de escuteiro que tudo resolve!
Afinal, estavam todos numa tenda, bem escondidinhos!!!!
Fui galardoado com um lenço de pai galo e baptizado de “Antena da patrulha centopeia”.
A primeira actividade foi um atelier de pioneirismo, super divertido em que aprendi a fazer nós, e quase que dava um nó cego, tal a diversidade e” complexidade “dos mesmos.
O primeiro jantar em campo, foi uma experiência inesquecível. Arroz de não sei de quê (talvez arroz empapado???), e bifinhos de peru, 5 estrelas. A cozinheira só tem que aperfeiçoar o arroz. Mas em campo não podemos ser esquisitos e tudo se come sem reclamar.
Depois de toda a tacharia lavada com água gelada (fica a dúvida se ficou lavada ou congelada???), fizemos o jogo nocturno.
Este consistiu numa caça ao homem, em que os chefes tinham que apanhar os exploradores. Que rico aquecimento. Pudemos dormir quentinhos depois de tanta correria e animação.
Aprendi que é só na primeira noite que ninguém tem sono, cansaço e vontade de dormir. Nas noites seguintes adormecem a jantar!
Dias seguintes. A alvorada é às 8 e pico da manhã.
Há que acordar senão, “cai pimba”, isto é, podem ficar esborrachados por um chefe!
O dia começa com um reconfortante pequeno-almoço em patrulha e inicia-se cada actividade programada com a respectiva palestra de Bivaque na presença de Baden Powel. A caracterização dos improvisados B.P, com bigode e chapéu personificaram muito bem o fundador deste magnífico movimento escutista.
Os nossos exploradores demonstraram as suas capacidades com as construções. Verdadeiras obras de engenharia nas mesas de refeições e de cozinhar. A robustez é comprovada pelos chefes!
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As actividades físicas foram bem sucedidas e aí viu-se o verdadeiro espírito de patrulha com uma salutar competitividade demonstrada na pista de comandos.
O espírito de patrulha foi cavalo de batalha deste acampamento, tendo sido o momento de patrulha uma forma privilegiada para o trabalhar. A reflexão sobre o texto “Os gansos” serviu de exemplo para transmitir o verdadeiro espírito de patrulha.
Os bombeiros meteram água!!!! Trocaram as datas e impossibilitaram a actividade programada.
As famosas banhocas na piscina foram um momento excelente de convívio, de provas e também (mas não menos importante) de por a higiene em dia. Acho que foi depois desta actividade que a câmara teve de mudar a água!!!!
O momento da Cozinha selvagem, com as fogueiras a crepitar, criou um ambiente especial. Saboreámos umas espetadas e alheiras fantásticas apesar de faltarem as famosas e desejadas batatas a murro. Os imprevistos acontecem!!
O serviço da intendência parece de um exército. É tudo muito. Muitas maçãs, muito pão, muito leite, muita carne……muito tudo!
Quarta-feira, dia 28 de Março, era altura do regresso, infelizmente.
Soube-me a pouco.
Como teria sido o jogo de pistas? E o Hike? Dormir ao relento no castelo. Espectacular!
Esta vivência foi muito intensa (apesar do frio de rachar).
Agora sei por experiência própria do que falavam (e não falavam) as minhas filhas quando regressavam dos seus acampamentos. Entendo agora o porquê de ansiarem por novos e mais acampamentos.
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Gostei do ambiente salutar, do convívio descontraído, mas com responsabilidade e autonomia.
Ficamos fortalecidos física e psicologicamente, vencendo o frio e o desconforto. Aprendemos a dar mais valor ao nosso conforto do quotidiano.
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Já estou a pensar no próximo acampamento!
Precisam de ajuda?
Um abraço do pai galo
Pedro Gonçalves
À Escuta
Núcleo Cidade do Porto na Rede
Instantâneos
Porquê escutismo? (Mensg. aos Pais)
Concorrência Leal